“Venom: A Última Rodada” marca o terceiro capítulo da franquia estrelada por Tom Hardy como Eddie Brock e seu inseparável simbionte Venom. Prometendo um desfecho épico e emocionante para a saga, com a dupla em uma frenética fuga, sendo caçados por forças tanto de seu planeta natal quanto da Terra.
No entanto, é difícil entender qual era a pretensão da Sony com este último filme. “Venom: A Última Rodada” parecia ser a última chance de entregar uma obra significativa, proporcionando uma despedida emocionante para Eddie Brock e Venom. Infelizmente, isso não é bem explorado com o cuidado necessário ou além do superficial.
Logo nos primeiros 30 minutos, o filme já dá a sensação de ser uma extensão de “Venom: Tempo de Carnificina”, sem acrescentar profundidade ou evolução à história. Oscila constantemente entre cenas de ação frenética e diálogos arrastados, um ritmo irregular que dificulta a imersão. A jornada de Eddie como um todo não fez muito sentido, e parece desconexa em relação aos eventos anteriores.
Elementos como uma família lunática e soldados com habilidades inexplicáveis de saber tudo a todo momento acabam desviando o foco da trama principal e não agregam valor à narrativa.
MAS, a introdução do vilão Knull é um dos pontos positivos do filme. Havia um receio de que ele pudesse ser mal aproveitado, assim como aconteceu com Carnificina no filme anterior. Felizmente, Knull é apresentado com um visual impressionante, e sua ameaça é justificada, o público pressente o perigo que é ele e o que pode significar para o futuro da franquia. Ele não é utilizado apenas como uma muleta de roteiro, e se for assim, esse supervilão será bem tratado.
No final, “Venom: A Última Rodada” segue a mesma linha dos filmes anteriores. Apesar das falhas graves de roteiro e da falta de aprofundamento dos personagens, ainda é possível se divertir em alguns momentos. O filme não alcança todo o seu potencial como encerramento de trilogia, mas abre algumas possibilidades interessantes para o futuro do personagem. Se assistido sem muitas expectativas, pode proporcionar boas risadas e entretenimento.
Comparando com os filmes anteriores, este terceiro capítulo se sai melhor do que “Venom: Tempo de Carnificina”, mas ainda fica aquém do primeiro “Venom” de 2018, que continua sendo o melhor da trilogia. Tom Hardy permanece como o ponto forte da franquia, entregando uma performance dedicada.
Nota Final: 6.5