Tom Hanks, um dos atores mais respeitados de Hollywood, recentemente expressou no podcast Happy Sad Confused sua opinião sobre a atual safra de filmes de super-heróis, e suas palavras geraram bastante discussão.

O ator veterano questionou a profundidade e o propósito das novas produções, comparando-as com as tentativas de adaptar os mesmos personagens nas décadas de 1970 e 1980.

“Eles tentaram fazer uma versão para TV do Capitão América e do Homem-Aranha. A tecnologia na época não existia para fazer com que parecesse com os quadrinhos e agora existe. Você pode fazer qualquer coisa. O Super-Homem de Christopher Reeve foi o primeiro que chegou perto devido à tecnologia de ponta que permite a remoção de fios. Todos nós acreditávamos que um homem poderia voar quando o vimos. Foi extraordinário.”

Hanks argumenta que, apesar dos avanços tecnológicos que permitem criar efeitos visuais impressionantes e mundos fantásticos, muitos filmes de super-heróis atuais carecem de histórias envolventes e mensagens significativas.

“Agora estamos desfrutando do luxo da riqueza. Você pode fazer qualquer coisa acontecer na tela, estamos sendo trazidos de volta ao conceito de ‘Ok, isso é verdade, mas qual é a história?”.

Ele questiona o propósito dessas produções e se pergunta se elas estão apenas repetindo fórmulas já estabelecidas, sem oferecer nada de novo ao público.

“Tivemos 20 anos para explorar esse tipo de coisa e agora estamos em uma evolução e em um lugar onde está: E qual é a história? O tema é o quê? Qual o ponto desses filmes?“.

O ator destaca que, nos anos 70 e 80, as adaptações de super-heróis buscavam explorar temas mais profundos e conectar-se com o público em um nível emocional. 

As novas produções, por outro lado, parecem mais preocupadas em apresentar sequências de ação espetaculares e efeitos visuais deslumbrantes, em detrimento de uma narrativa mais complexa e personagens mais desenvolvidos.

Hanks não está sozinho em suas críticas. Muitos espectadores também têm expressado um certo cansaço em relação à quantidade de filmes de super-heróis lançados anualmente. A repetição de fórmulas e a falta de originalidade têm levado alguns a questionar se o gênero está se esgotando.

O ator sugere que o público está em busca de novas histórias e experiências cinematográficas. Ele acredita que o cinema tem o potencial de explorar temas mais complexos e relevantes, e que os filmes de super-heróis não precisam ser a única opção disponível.