O palhaço Art está de volta em Terrifier 3, e desta vez ele veio com tudo para o Halloween. Sob a direção de Damien Leone, que retorna para entregar uma obra que poucos diretores têm a coragem de fazer, o filme mergulha profundamente no terror extremo, sem filtros ou limites, sendo exatamente como foi concebido em sua forma mais perturbadora.
Terrifier 3 é uma exaltação ao cinema brutal e perturbador, aprimorando a fórmula já vista em Terrifier 2. Agora, com referências ainda mais icônicas e um nível de intensidade que com certeza pode te chocar. O filme não é apenas uma sequência; é uma experiência visceral que desafia os limites do gênero de terror.
É importante destacar que este não é um filme para todos. Destinado aos fãs mais hardcore de terror, Terrifier 3 não faz concessões em sua abordagem gráfica e intensa. Em algumas exibições, foram distribuídos saquinhos de vômito antes da sessão começar – uma estratégia que, embora faça parte do marketing, reflete o impacto que o filme tem causado. Com um orçamento modesto de 2 milhões de dólares, o filme já arrecadou 18 milhões poucas semanas após o lançamento, mostrando que sua proposta ousada encontrou um público ávido.
Damien Leone, como um fã declarado do terror clássico, inspira-se fortemente no cinema dos anos 80, especialmente nos slashers, referenciando personagens como Jason Voorhees, Michael Myers e Freddy Krueger, todos sintetizados na figura de Art, o Palhaço. O resultado é um vilão que é ao mesmo tempo aterrorizante e estranhamente carismático, capaz de causar medo e fascínio em igual medida. Sua presença em tela lembra o humor perverso de Chucky, adicionando uma camada adicional de inquietação.
Além disso, o filme está repleto de referências a clássicos do cinema como Psicose, O Iluminado, Scarface e até Contos da Cripta. Essas influências são habilmente incorporadas à narrativa, enriquecendo a experiência para os aficionados por terror que apreciam essas homenagens sutis.
Uma das cenas mais comentadas ocorre logo nos primeiros cinco minutos, sendo considerada a mais impactante da carreira de Leone. Essa sequência tem gerado polêmica e discussões sobre os limites criativos no cinema. O filme levanta a questão: deve haver limites definidos ao produzir uma obra de terror? Terrifier 3 não se esquiva dessa discussão; ao contrário, parece querer desafiar essas barreiras.
Para aqueles que pensaram que o palhaço Art encerraria sua carreira de brutalidade neste terceiro filme, há uma surpresa. Já foi confirmada uma produção exclusiva com temática natalina do personagem – Terrifier Christmas Carol. O sucesso financeiro e a recepção positiva entre os fãs garantiram a continuidade da saga. Art está se consolidando como um dos grandes vilões do cinema de terror contemporâneo, ao lado de figuras lendárias como Freddy Krueger, Jason Voorhees e Michael Myers.
Em conclusão, Terrifier 3 é uma experiência intensa e visceral que definitivamente não é para todos. Porém, para os fãs dedicados do gênero, é um deleite que merece ser conferido. Damien Leone entrega um filme que é fiel à sua visão artística, sem compromissos, oferecendo um terror puro e implacável. É um filme que recebe uma nota máxima dentro do que se propõe a fazer.
Nota Final: 10.0