Crítica | Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis (2021)

Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis traz a história de vida do garoto Shang, um jovem chinês criado para ser um assassino pelo próprio pai. Porém quando ele descobre o mundo externo pela primeira vez, percebe que seu pai não é tão bom assim. Esse filme de origem chegou com a promessa de inserir de uma vez por todas o mundo oriental da Marvel no MCU, mas será que ele conseguiu?

Quando soubemos um tempo atrás que esse personagem totalmente desconhecido do público até então estava chegando ao MCU – houve um certo estranhamento do público principalmente por ter sido anunciado como filme de origem. E desde 2008 com o Incrível Hulk temos visto bastante a exploração dessa famosa fórmula da ‘Jornada do Herói’, que com o tempo foi ficando maçante de se ver, já que antes mesmo do filme começar o espectador estava ciente do que ia acontecer, mudando apenas os locais e personagens.

Então, com certeza sabendo de tudo isso – a Marvel Studios preparou um roteiro que acertou em cheio em surpreender, inovar e ainda nos contar a origem do Shang-Chi. Essa é uma tendência que o estúdio começou a fazer após o início da Fase 4 do MCU, já que o formato de séries como WandaVision e Loki nunca haviam sido explorados por eles.

Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis já começa sem poupar o espectador da ação mostrando guerras e batalhas épicas nos primeiros segundos, é interessante ver como esse universo (multiverso) está se expandido e incorporando fatos da nossa realidade para os personagens – assim como foi em Loki quando ele se passou pelo famoso D.B. Cooper, aqui é possível notar isso com grandes nomes da antiguidade como ‘O Rei Guerreiro’ e o ‘Mestre Khan’.

O filme é extremamente bonito de assistir, tanto os efeitos práticos quanto os VFX são bem administrados e dosados para não parecerem exagerados. As cenas de luta são totalmente bem executadas assim como deveriam ser já que isso é praticamente o “carro-chefe” do longa, todos os detalhes de movimento corporal diferenciando a luta oriental (mais livre e flexível) e ocidental (mais bruta e pouco técnica) foram adicionados cuidadosamente para não parecer forçado. Um detalhe importante a se destacar é que quando os personagens estão conversando entre si dentro da sua cultura, eles realmente estão falando chinês assim como tem que ser e não falando inglês independente do lugar que estejam como muitos filmes costumam fazer, outra decisão acertada para esse filme que respeita a cultura e a exibe de forma épica – como quando os filtros de cores transparecem lutas que parecem verdadeiras danças sincronizadas de vez em quando passando a sensação e consciência do espectador sobre como seria estar lá.

O resultado final é muito positivo trazendo muito carisma e novas culturas para os filmes do MCU sem cair no clichê comum de hollywood quando falam sobre o oriente. E por falar em MCU, o filme tem mais disso do que todos estavam esperando.

Nota Final: 9.5

Shang-Chi é o filho do líder de uma organização criminosa poderosa. O rapaz foi criado desde criança para ser um guerreiro, mas decidiu abandonar esse caminho e fugiu para viver uma vida pacífica. Porém, tudo isso muda quando ele é atacado por um grupo de assassinos e se vê forçado a enfrentar seu passado.

Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis está disponível nos cinemas e logo em seguida irá para o Disney+.

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