Crítica | Esquadrão Suicida (2021)

Após o lançamento do primeiro filme em 2016, muitos acharam que a equipe de vilões estava acabada nos cinemas. Então, foi aí que apareceu o rapaz chamado James Gunn (diretor de Guardiões da Galáxia) que é um dos únicos até agora a trabalhar em territórios da DC e Marvel ao mesmo tempo. Então, sábio das suas habilidades, ele misturou alguns nomes do primeiro filme e trouxe um reboot que não é reboot e uma continuação que não é uma continuação. O diretor logo de início já mostra a intenção do filme quando em menos de 20 minutos metade do Esquadrão é brutalmente assassinado em uma tentativa de invasão ao país Corto Maltese.

O roteiro então vai crescendo lentamente mesmo depois de já começar com tudo e não falha ao mostrar os flashbacks e explorar tantos personagens diversos. O diretor conseguiu simplesmente juntar a Caça-Ratos, Sanguinário, Bolinha e Pacificador e transformá-los em personagens marcantes e com arcos interessantes – uma mistura tão aleatória quanto podemos imaginar. Algumas cenas são extremamente bem trabalhadas e inovadoras – exemplo disso é quando eles estão dançando numa boate num som que vai de Johnny Cash até Gloria Groove, mais uma prova da total aleatoriedade perfeita desse longa.

A grande ameaça do filme é Starro, o Conquistador, primeiro vilão que a Liga da Justiça enfrentou nos quadrinhos, que inclusive foi todo o motivo dos heróis se unirem com um objetivo. Basicamente é uma estrela do mar gigante que controla a mente de outros seres e os transforma em escravos.

E pensando bem, talvez um ponto fraco do filme seja a utilização de alguns personagens bem fortes nas HQ’s apenas como recursos do roteiro, como o Pensador, que nem chega a utilizar seus poderes. É difícil entender como alguns vilões foram tão bem utilizados enquanto outros não, temos como exemplo a Caça-Ratos – mostrando que até pessoas que controlam ratos são mais importantes do que parecem.

No final, O Esquadrão Suicida é uma aventura alucinante e surpreendente seja pelas críticas sociais ou pelos momentos psicodélicos. Por isso “O Esquadrão das Galáxias” se tornou um grande presente para os fãs da DC e de adaptações de quadrinhos.

Nota Final: 9.0

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