Crítica | Duna (2021)

Paul Atreides é um jovem brilhante, dono de um destino além de sua compreensão. Ele deve viajar para o planeta mais perigoso do universo para garantir o futuro de seu povo.

Mas o filme cumpre o que promete nos trailers e é uma boa adaptação da obra original de Frank Herbert?

Duna começa no ano de 10.191 mostrando as sociedades “evoluídas” e interestelares, nesse mundo atual e supostamente mais conectado, o poder é medido pela quantidade de uma substância chamada “especiaria”. Esse produto existe somente em um planeta de difícil acesso chamado Arrakis, que se mostra especialmente perigoso também. O filme não poupa o espectador das cenas épicas e paisagens espetaculares já de início, provando que a grandiosidade apresentada nos trailers claramente está presente.

O roteiro do longa não deixa os protagonistas com informações rasas apenas para satisfazer a curiosidade, ele vai soltando as palavras desconhecidas da maior parte do público com certa frequência – explicando de forma mais natural quem é o que, quais os objetivos e de quem. Exemplo disso é quando bem no começo acontece uma conversa sobre “tribos” inimigas, certamente quem nunca leu Duna e caiu de paraquedas no filme não vai saber a quem se referem. Porém, é necessário para a trama de modo geral e não chega ao ponto de ficar cansativo, diferente da motivação de alguns personagens com alguns comportamentos clichês – o que pode ser relevado por ser inspirado numa obra relativamente antiga.

Os efeitos especiais do filme assim como a fotografia são espetaculares, de impressionar mesmo sabendo que nada daquilo é real. A adaptação do escudo corporal mostrou o quanto a produção teve cuidado ao analisar a obra original e manuseá-la de forma respeitável.

Outro ponto destacável é abstração do roteiro para conceitos como a “VOZ”, usada pelas Bene Gesserit, ao ponto de quem assiste ir entendendo e descobrindo junto ao protagonista como o poder funciona.

O diretor Villeneuve, deu a sua interpretação da obra resultando em um espetáculo bem executado e visualmente impressionante. Filme e trilha sonora parecem ser um só, também não poderia ser diferente quando feita pelo Hans Zimmer. Agora nos resta aguardar os próximos capítulos.

Nota Final: 9.5

Duna já está disponível nos cinemas brasileiros.

Este filme foi assistido à convite da Warner Bros.

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