Mulher Maravilha 1984 é tão ruim assim? | Confira nossa Análise

Mulher-Maravilha 1984 já está entre nós! Mas é isso tudo mesmo?

Quais os acertos e erros dessa produção que dividiu tanto a opinião do público?

Ambientação:

Mulher-Maravilha 1984 provavelmente salvou os cinemas em 2020 ao lado de Tenet, Homem Invisível e 1917, esse último que levou algumas categorias do Oscar. Todos no começo do ano, e se você não assistiu a equipe Cômodo Nerd recomenda fortemente!

Como o próprio nome do filme já diz ele se passa nos anos 80, quando podemos ver aquelas roupas exageradas de academia, as explosões de cores nas ruas e os cabelos da época, então seria de se esperar que o filme abraçasse o modo brega oitentista, porém curiosamente não visualmente e nem na trilha sonora.

Mas como assim ele representa bem a época sem visual ou som da época?

É porque mesmo possuindo algumas menções desse tempo ele não provoca total imersão, porque ele não engloba aspectos importantes como cenários, cabelos, roupas ou música como deveria. Pois se você tentar imaginar o filme em qualquer outra década você consegue sem muito esforço.

O filme se torna ruim por causa disso? Veremos a seguir.

Efeitos Especiais:

É perceptível que deveriam ter acrescentado um pouco mais de atenção no segundo filme dela já que depois do primeiro as expectativas normalmente seriam mais altas. Falar disso nesse filme fere o coração dos fãs, porque a DC tem outros filmes com a própria Mulher Maravilha que não tem esses defeitos especiais, a exemplo de Batman vs Superman e Liga da Justiça que tem a mesma personagem e não deixam a desejar nesse quesito.

E talvez a parte mais difícil de assistir desse problema foi quando a Diana finalmente aprende a voar e é notável o Chroma Key de fundo. Esse momento da Diana aprendendo a voar deveria ser totalmente épico, ainda foi sim mas não como deveria e poderia ter sido. Contudo no próprio filme podemos ver uma cena similar quando ela chega na base militar com a roupa da guerreira amazona Astéria.

Então como assim tem cenas boas e ruins das mesmas coisas no mesmo filme?

Está aí mais um mistério das produções da DC.

As cenas de luta dela contra a Mulher Leopardo são bem feitas e críveis fazendo o espectador sentir o medo e a agressividade da vilã criando um ambiente mais imersivo. Um embate final absolutamente diferente da estranha luta em CGI com o “Ares de bigode”. Que por sinal é bem legal também, mas poderia ser mais!!

Roteiro:

O filme começa no lar das Amazonas, revelando a prova de fogo para o treinamento de uma pequena Diana. Aprendendo a dura lição de que a verdade é o cerne da sabedoria e da força. Já nos anos 80 a heroína passa seus dias salvando anonimamente os inocentes da cidade de Washington e ainda convivendo com seu eterno luto pelo Steve Trevor. Quando ela consegue encontrar uma pedra misteriosa é encontrada e seu poder desencadeia uma série de acontecimentos que resultam na criação de dois super vilões e também no retorno de Trevor.

Então toda a trama do filme é pautada pelo conflito entre a verdade e o desejo.

Ao receber a dádiva antinatural do retorno à vida de seu amado, Diana precisa lidar com as consequências de seu desejo: a perda progressiva de sua força. Como podemos notar quando ela não consegue quebrar um simples cadeado ou quando leva um tiro no Egito e começa a sangrar. Do outro lado a introspectiva geóloga Barbara Minerva (Kristen Wiig) e o investidor Max Lord (Pedro Pascal) vão perdendo sua “humanidade” enquanto ganham poder.

Então é na construção dos dois vilões que o filme brilha de verdade. Com uma lenta e gradual evolução de suas personalidades, fica muito mais fácil dessa forma aceitar as motivações de cada um deles. Além do bom texto, as ótimas interpretações de Kristen Wiig e Pedro Pascal são fundamentais para o arco que os envolve funcione perfeitamente. Como prova disso, na luta final não é de se estranhar se alguém estiver torcendo pela Leopardo contra a Diana.

E tudo isso regado por uma trilha sonora composta por Hans Zimmer, ninguém mais ninguém menos que o compositor de Interestelar e Tenet.

Um problema bem menor mas que poderia ter sido evitado é a duração do filme. Com (2h35min), ele se alonga em acontecimentos irrelevantes ou cansativos, como algumas cenas no Egito que poderia ter sido mais rápidas sem prejudicar o desenvolvimento da trama.

Outra coisa que poderia ser uma escorregada fatal no roteiro mas que terminou encaixando perfeitamente foi romance entre ela e o Steve Trevor que serviu como um alívio e uma ponte para o que vem a seguir como ela encontrando motivação para voar e aceitar seu destino por exemplo.

Além da bela mensagem que o filme traz para todos!!

Continuação:

Você saiu do filme com aquela sensação que ia ter uma continuação? Depois de perceber que a Mulher Leopardo não disse que renunciava seus poderes.

Você percebeu né?

Essa sensação está confirmada porque Mulher-Maravilha 3 já foi oficializado apenas 2 dias depois de ser lançado formando assim uma nova trilogia da personagem que também pertence ao Universo Estendido da DC. O filme já está disponível no HBO Max e foi lançado quase ao mesmo tempo que nos cinemas, infelizmente o serviço de streaming ainda não chegou no Brasil.

Por que o HBO MAX ainda não chegou no Brasil?

Confira algumas Curiosidades e Easter Eggs de Mulher Maravilha 1984

Nosso vídeo da opinião da equipe Cômodo Nerd sobre o filme:

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