Crítica | Kingsman: A Origem (2021)

Um homem precisa correr contra o tempo para impedir que os piores tiranos e criminosos da história exterminem milhões de pessoas e destruam a humanidade. E além de todo esse contexto histórico inserindo personagens fictícios na história do mundo, os fãs poderão ver o início da Alfaiataria dos espiões.

Mas é bom?

Essa história de origem de Kingsman deixa a liberdade criativa do diretor e escritor Matthew Vaughn organizar como esse departamento secreto de espionagem surgiu. Sendo o terceiro filme da franquia, ele começa com Orlando Oxford, de Ralph Fiennes, um aristocrata e viúvo veterano de guerra que abomina sua própria participação em conflitos – Um pacifista declarado, ele desencoraja seu filho Conrad (Harris Dickinson) de se alistar no exército.

O tom do filme é bem oscilante entre ação, conversas e estranhas danças de luta também. Por vezes parece estar uma bagunça total, como quando fala sobre as condições desumanas dos soldados britânicos na África do Sul e uma promessa de manter um jovem Conrad Oxford longe de uma vida de violência e ao mesmo tempo vai construindo uma coisa diferente do discurso mostrado durante o longa – coisa que incrivelmente não torna Kingsman difícil de assistir, mas sim intrigante.

Talvez o que os fãs mais sentirão falta nesse filme é a estética de ação dos anteriores, mas novamente, não é nada que prejudique o filme porque o diretor sabe muito bem como usar um Slow Motion e a fotografia como criar cenas deslumbrantes mesmo em meio ao caos, como se configuram as cenas na Primeira Guerra Mundial, que inclusive lembram bastante o filme de guerra 1917 lançado no começo de 2020.

O filme não vai decepcionar os fãs de forma alguma, porém também não vai superar os seus antecessores se mantendo no mesmo nível da franquia até então. Com um elenco arrasador Kingsman: A Origem é uma ação bem executada com roteiro um pouco diferenciado, falando sobre pacifismo enquanto mostra conflito total na tela.

Nota Final: 8.5

Kingsman: A Origem já está disponível nos cinemas brasileiros.

Este filme foi assistido à convite da Disney.

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