Crítica | Matrix Ressurrections (2021)

O novo e tão aguardado filme reúne os protagonistas originais Keanu Reeves e Carrie-Anne Moss nos icônicos personagens que os tornaram famosos, Neo e Trinity respectivamente.

Mas é bom?

Dezoito anos depois do suposto final de Matrix, The Matrix Revolutions, Lana Wachowski dirigiu um quarto: The Matrix Resurrections. No filme existem alguns elementos que o tornaram famosos por fazer os espectadores pensarem mais no real significado de tudo à nossa volta, e uma dessas coisas é o “bullet time” de tirar o fôlego, mas será que Matrix 4 tem mais a oferecer do que somente algumas lembranças baratas?

É importante que a análise do filme da franquia seja feita considerando a obra por si só, porém ela deixa bastante a entender que os outros longas são igualmente importantes para essa trama acontecer, considerado isso – vamos lá.

O primeiro Matrix foi uma ação de ficção científica extremamente brilhante e além do seu tempo, sabendo que o ano era 1999 – conhecemos então o Keanu Reeves como um hacker de computador com o codinome “Neo”, e a rebelde Trinity (Carrie-Anne Moss) que leva Neo à misteriosa figura de Morpheus (Laurence Fishburne), que oferece ao nosso relutante herói uma das escolhas mais famosas do cinema: a pílula azul ou a pílula vermelha.

Logo depois dessa revolução que deixou a mente de todos explodindo de ideias e teorias, com questões que iam desde filosofia até astronomia, chega o The Matrix Reloaded em 2003, e The Matrix Revolutions, nesses a ideia do filme em si parece ter sido um pouco abandonada por uma guerra entre humanos e máquinas que não empolgava tanto quanto os questionamentos gerais da obra como um todo.

E quando se pensava que a franquia estava totalmente finalizada, eis que The Matrix Ressurrections chega para tentar explicar tudo que seus antecessores deixaram em aberto com uma nova proposta. O quarto filme começa mostrando Neo mais velho e deprimido, operando com seu nome normal, Thomas Anderson, um brilhante, mas esgotado programador. Enquanto isso, o empregador bilionário de Jonathan Groff parece uma versão mais “atualizada” do famoso Agente Smith interpretado por Hugo Weaving nos filmes originais.

É interessante notar como Matrix 4 traz à tona algumas realidades que estamos vivenciando atualmente, como o controle das máquinas sobre os seres humanos – para os manter distraídos do que realmente está acontecendo, isso é uma referência muito forte ao documentário de Jeff Orlowski recém publicado na Netflix chamado The Social Dilemma, sobre a servidão da mídia social, tudo isso enquanto Mark Zuckerberg está tentando criar um novo mundo digital chamado Metaverso. Mostrando a real escolha entre a pílula vermelha ou a pílula azul.

Mas entre toda essa discussão o filme parece se perder um pouco do real foco que deveria ser tratado, desenvolvendo alguns conceitos excepcionalmente bem, enquanto acelera demais em outros e no final parece algo que já vimos antes com algumas nuances divergentes. Fazendo bem o uso da nostalgia, porém sem empolgar ao extremo como o primeiro fez. Mas ainda assim consegue causar debates filosóficos com belos efeitos visuais e conceitos inexplorados.

Nota Final: 9.0

Este filme foi assistido à convite da Warner Bros.

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