Crítica | Sem Rastros (2020)

Diogo Souza

17 de maio de 2021

O filme é dirigido pelo Peter Facinelli (que também aparece no filme como deputado), Sem Rastros também conta com Thomas Jane e Anne Heche como um casal aparentemente com poucos cuidados. É possível vê-los cantando felizes enquanto percorrem uma estrada num bosque em um grande trailer, sua filha de dez anos, Taylor (Kk Heim), cantando alegremente com eles enquanto seu adorável pug Lucky anda por aí, nada parecia que ia dar errado, até que ela some e começa todo o suspense do filme. Mas é bem construído?

Trama

Sem Rastros desde o começo faz o espectador fazer perguntas sem parar. Embora que se algumas delas fossem respondidas muito rápidas, poderia certamente estragar a experiência do longa. 

Rapidamente as coisas vão ganhando um tom mais obscuro e aquele sorriso do início vai se transformando em aflição. Facinelli exagera no roteiro em alguns aspectos por manter o espectador desequilibrado demais, não apenas para manter a tensão, mas para camuflar seu golpe de misericórdia final. Além disso, são perturbadoras as maneiras como Wendy e Paul lidam com sua confusão e trauma – o que ajuda na hora da identificação da situação, mas pelo exagero visto ali o espectador pode ficar igualmente confuso.

-Wendy, por exemplo, sai para a floresta com a arma de Paul. E encontra … alguém.

-Paul é mais estranho. Quando Wendy e Paul são obrigados a vasculhar o trailer de Miranda e seu marido, Paul encontra uma câmera cheia de nus de Miranda e os observa longamente.

Essas são pistas falsas e desorientações do roteiro que até deu para entender a intenção do diretor, mas isso pode deixar alguns buracos que insubstanciais. Mas de modo geral não prejudica a experiência, já que é de se imaginar uma confusão mental e total perda de sentidos caso sua filha ou seu filho desapareçam do nada, só é estranho as vezes como os personagens podem se comportar de forma inconsistente de acordo com eles mesmos.

 

Considerações Finais

Sem Rastros não decepciona no final, mostrando a capacidade e ambição de Facinelli. O título original do filme era “Hour of Lead”, uma frase do poema de Emily Dickinson que é escrita em letras brancas antes dos créditos de abertura. Mas não pode ser veiculada devido ao contrato final – porém realmente ficaria inapropriado com o resultado final do longa. Que é uma ótima indicação para quem tá precisando daquela dose de adrenalina no dia!!

Nota Final: 8.5

Trailer e Sinopse

Wendy e Paul descobrem que sua filha Taylor desapareceu sem deixar vestígios durante uma viagem em família. Quando a polícia não tem nenhuma pista, os dois não param por nada para encontrá-la. Assumindo a investigação, o casal suspeita de tudo e de todos, enquanto busca evidências para provar que ela foi sequestrada. Eles se envolvem com outro casal e suspeitam do gerente do camping onde eles estavam. Mas a paranoia aumenta e uma série de eventos muda os rumos da história para um final surpreendente!

Onde Assistir?

O filme é distribuído pela A2 Filmes e pode ser adquirido para aluguel e compra no NOWLookeVivo PlayGoogle PlayMicrosoft e iTunes.

Esse filme foi assistido à convite da A2 Filmes

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