Com o sucesso de Round 6 no mundo todo, não demorou para que a obra se tornasse alvo de análises. Em entrevista à Vulture, o diretor e roteirista comentou sobre o lado crítico da produção. E citou como um dos mais comoventes momentos da primeira temporada foi importante na construção da história e da mensagem que buscou passar. Confira o que ele disse:
Spoilers a partir daqui
Uma das reações mais inesperadas foi a do protagonista Gi-Hun (Lee Jung-jae), que se aproveitou das limitações do idoso parceiro Oh Il-nam (Oh Young-soo) para vencer. Segundo o diretor, esse comportamento foi fundamental para que Round 6 não se tornasse uma história previsível:
“Gi-hun é a pessoa mais bondosa da série. Ele simpatiza e tem pena de pessoas marginalizadas como Il-nam. Mas mesmo ele é apenas humano. Se ele fosse alguém que se sacrificasse pelo parceiro, Round 6 seria uma história completamente diferente: um conto clichê em que um homem comum se torna um herói. Mas Gi-hun não precisa ser esse tipo de personagem. Ele é o seu vizinho comum que não tem habilidades incomuns ou a vontade heroica para se sacrificar.”
“Quis retratar como a sociedade é de um ponto de vista frio e realista. Round 6 não deveria ser uma história de esperança para a sociedade com o retrato limpinho de um herói. Não podemos esperar esse tipo de sacrifício de nós mesmos ou dos outros. Quis perguntar aos espectadores como podemos navegar juntos neste mundo frio de competição feroz, quando cada um de nós é apenas um indivíduo fraco e comum.”
A primeira temporada de Round 6 está disponível na Netflix e a segunda já está à caminho.