O quadrinho mostra que na realidade a chacina da Candelária ocorreu para encobrir outro crime. Na trama, uma empresa de alta tecnologia desenvolve o Protótipo Biomecânico em Humanos (P.B.H.), e de forma criminosa utiliza cobaias humanas para seus experimentos. Como se não bastasse isso, o Estado é administrado por um governo corrupto que utiliza contratos com contrapartidas em forma de propina! Em meio a todos esses problemas de criminalidade e corrupção, surge o Esquadrão Selvagem, criados com o objetivo de proteger as ruas do Rio de Janeiro.
A HQ já começa com uma bela introdução motivacional na página 5 sobre o personagem deixando o leitor empolgado para o que virá a seguir, que de antemão já é possível dizer, não vai decepcionar.
Logo nas primeiras páginas é possível perceber que o Lâmina é uma espécie de Justiceiro sem escrúpulos, com o senso de expurgo fortíssimo da bandidagem que cerca e infelizmente vitimiza nossa sociedade. Explorando os principais problemas causadores dela, como tráfico, pobreza, descaso político com comunidades – no exemplo os deslizamentos que sempre acontecem durante períodos de chuva..
No entanto é importante notar que essa personalidade dele é a primeira impressão do leitor, já que ela vai sendo calmamente construída pelo roteiro o concretizando como a esperança dos desfavorecidos. Assim vamos visitando a origem do Lâmina com um visual fantástico à cada página que se segue!
A HQ tem referências gritantes ao cenário nacional e algumas mais leves e legais para os mais nerds, como menções bacanas ao Superman por exemplo. E aí quando pensamos que a história está ficando morna e que os problemas parecem estar sendo resolvidos, eis que a trama te responde surpreendentemente com plots dentro de plots virando uma verdadeira loucura de revelações com um embate final digno de cinema. E claro, com aquela vontade de saber o resultado de tudo aquilo no volume 2!
Lâmina Selvagem Vol.1 tem uma história bem construída com claras críticas e referências à nossa sociedade, um visual fantástico que valeria a pena folhear as páginas apenas para admirar e um senso de justiça tal qual vários brasileiros irão se identificar.
Nota Final: 10.0
