O recente filme de terror “Entrevista com o Demônio“, dirigido pelos irmãos Colin Cairns e Kyle Cairnes, causou polêmica por causa de algumas cenas com imagens estáticas de paisagem e objetos criados por inteligência artificial (IA).

Essa técnica, que permite gerar imagens a partir de comandos de texto, gerou debate acalorado na comunidade cinematográfica e artística.

O argumento dos que são contra a utilização de IA, é que essa prática desvaloriza o trabalho de artistas humanos. Eles defendem que a criação de imagens através de algoritmos não possui a mesma originalidade, emoção e significado que uma obra criada por um artista tradicional.

Já os defensores da IA veem essa tecnologia como uma ferramenta que pode auxiliar e até mesmo expandir as possibilidades criativas dos artistas, podendo ser usada para gerar novas ideias, explorar diferentes estilos e técnicas, e até mesmo criar obras que seriam impossíveis de serem feitas manualmente.

Mas além da questão central da relação entre IA e arte, a polêmica em torno de Entrevista com o Demônio também envolve outros aspectos:

Alguns críticos questionam a falta de transparência por parte dos produtores do filme em relação ao uso da IA. Eles acham que o público deveria ter sido informado sobre as técnicas utilizadas na criação do filme.

Há também dúvidas sobre quem detém os direitos autorais das imagens geradas por IA. Seria o artista que forneceu o prompt de texto, o desenvolvedor da ferramenta de IA ou a empresa que a criou?

O uso da IA em filmes de baixo orçamento como “Entrevista com o Demônio” levanta preocupações sobre o futuro da indústria cinematográfica. Alguns temem que a IA possa levar à demissão de artistas e técnicos, e à padronização da produção cinematográfica.

A polêmica levanta questões importantes sobre o futuro da arte na era da inteligência artificial. Será que a IA irá substituir os artistas humanos ou será mais uma ferramenta para auxiliar na criação artística?