A Nasa anunciou que o robô Perseverance conseguiu pela primeira vez extrair oxigênio da atmosfera de Marte. Mesmo a produção inicial seja modesta, o feito abre as portas para que missões no futuro sejam capazes de produzir oxigênio necessário para sustentar a vida de astronautas quanto para alimentar foguetes usados para o retorno à Terra.
“O oxigênio não é apenas parte do ar que respiramos. A queima do propelente (combustível) do foguete depende do oxigênio, e futuros exploradores dependerão da produção do propelente em Marte para fazer a viagem de volta para casa”, explica Reuter.
Para “queimar” seu combustível um foguete precisa de um oxidante, geralmente oxigênio. Para tirar quatro astronautas da superfície de Marte e trazê-los de volta à Terra, uma missão futura exigirá 7 toneladas de combustível e 25 toneladas de oxigênio.
A atmosfera marciana é composta por 96% de dióxido de carbono (CO2). O que o Moxie faz é usar calor (cerca de 800 graus Celsius) para “quebrar” as moléculas. Isso produz um oxigênio livre (O), que é armazenado, e uma molécula de Monóxido de Carbono (CO), que é liberada na atmosfera de Marte.