MAXXXINE

Diogo Souza

11 de julho de 2024

O novo MaXXXine é uma ode à Hollywood e as referências cinematográficas. Já cravando seu lugar no hall dos filmes CULTS daqui para frente.

Nesta aguardada sequência de X – A Marca da Morte (2022) e Pearl (2022), Mia Goth reprisa seu papel como a determinada aspirante a atriz, Maxine Minx. Como única sobrevivente de uma filmagem pornô que deu errado há alguns anos, ela decide seguir sua jornada rumo à fama mesmo depois do acontecido.

Agora, na década de 1980, em Hollywood, a estrela de cinema adulto começa a fazer testes para papéis no cinema e consegue uma vaga em uma sequência de terror de baixo orçamento, agarrando a oportunidade com todas as suas forças.

Mas enquanto isso, Maxine se torna alvo da investigação de um detetive particular e um misterioso assassino, conhecido como Night Stalker, persegue as estrelas de Hollywood, deixando um rastro de sangue que ameaça revelar o passado sinistro de Maxine.

Mas é bom??

Dirigido e produzido por TI West, o filme já mostra que veio cotando uma das maiores atrizes da época de ouro de Hollywood, Betty Davis, que fora dos padrões da loira linda e sensual, conduziu sua carreira com interpretações magníficas e que marcaram os gêneros suspense e terror. Bebendo dessas fontes, somos apresentados a uma Los Angeles vibrante dos anos 80. Onde a política e economia americanas permitiam o surgimento de novos ricos a cada segundo, as roupas extravagantes, as músicas icônicas e produção a todo vapor da indústria do entretenimento cinematográfico.

Sejam por grandes produções, sejam pelas vhs de terror e de entretenimento adulto.

Aí que entra a personagem de Mia Goth, Maxine, que anseia participar de um filme de “verdade”, ser uma atriz reconhecida por seu talento e não apenas pelo seu corpo em cena. Nessa busca, a trama apresenta mais situações correlatas com a época, como a violência que a cidade dos anjos atraiu para si…

Imagine uma história cheia de clichês, mas que não é clichê

Dos filmes de Terror, temos perseguições em ruas escuras, som dos passos altos enquanto fogem do perseguidor, criando a ambientação angustiante necessária extraindo o sol de todo ambiente, as cores vermelhas e verdes lembrando os filmes do Argento, e o gênero Giallo, italiano, onde geralmente os assassinos usam armas brancas.

Naquela época a cidade era assombrada pela ameaça real do Night Stalker, Richard Ramirez, e pelas drogas que corriam solta na Skid Row, bairro barra pesada de LA, que ajudaram na argumentação do roteiro. A trilha sonora composta por rocks animados da época somam a intensidade do filme.

Assim como os coadjuvantes, em sua maioria, atores de renome, que dão solidez ao trabalho.

Destaque máximo para a atuação de Kevin Bacon, que espero que seja reconhecido nas premiações a partir dessa segunda metade do ano.

E por fim, para os saudosistas, que acompanharam a época (VHS) em tela. As imagens pixeladas em homenagem, toda narrativa nos mostra uma celebração ao cinema travestido de filme de suspense que torna-se cult desde já!!!

Nem o mais otimista que viu essa trilogia se iniciar lá em 2022 com “X-A Marca da Morte”, poderia imaginar esse desfecho magistral!!

Nota Final: 10.0

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