O diretor do longa Duna, Denis Villeneuve, deu uma entrevista ao jornal espanhol El Mundo Del Siglo XXI, mas conhecido como El Mundo, onde fez os seguintes comentários: 

O que sentiu ao assistir o primeiro longa Duna (1984), sua admiração por David Keith Lynck (diretor, roteirista, produtor, artista visual, músico e ator):

“Lembro que era adolescente quando fui ver a versão de Lynch e já era fã do trabalho do diretor. Saí do cinema completamente impressionado, embora houvesse coisas que também me decepcionaram. Tive a impressão de não ter visto o filme que esperava ver, pelo simples motivo de o livro ser muito sugestivo. Estou convencido de que em 20 anos alguém voltará a adaptar o livro pelo mesmo motivo. De qualquer maneira, não posso nem me comparar a um gênio como Lynch. Honestamente, acho muito estranho ter acabado fazendo o que fiz. Venho de uma pequena cidade em Quebec e nunca teria me imaginado em uma situação assim.”

 Sobre o documentário Duna de Alejandro Jodorowsky Prullansky (cineasta, ator, poeta, escritor e psicólogo chileno-francês), disse:

 “O documentário é maravilhoso, mas ele é muito único e diferente de tudo. Seu trabalho é uma grande inspiração, mas completamente inimitável. Minha abordagem ficar sozinho na frente do livro e tentar pensar como se ninguém nunca tivesse feito nada, como se fosse o primeiro.“

Comentou também o que acha de orçamentos para produção e sobre a opinião de Martin Scorsese (cineasta, produtor de cinema, roteirista e ator), a respeito da desvalorização cinematográfica de longas como da Marvel.

“Basta pensar na época de ouro de Hollywood para ver que os filmes comerciais podem fazer uma proposta artística diferente e, portanto, política. Nunca me senti uma perda ou um impedimento para ter um orçamento generoso para fazer o que eu queria fazer. Pelo contrário. Quem disse que um filme com um grande orçamento não pode ser artisticamente relevante ao mesmo tempo?“

“ Talvez o problema seja que estamos diante de muitos filmes da Marvel que são apenas copia e cola uns dos outros. Talvez esses tipos de filmes nos tenham transformado um pouco em zumbis… Mas filmes grandes e caros existem muitos hoje. Não me sinto nem um pouco capaz de ser pessimista.”

O longa Duna tem lançamento previsto no Brasil em 21 de outubro.