Crítica | Top Gun: Maverick (2022)

Diogo Souza

26 de maio de 2022

Depois de mais de 30 anos de serviço como um dos principais aviadores da Marinha, Pete “Maverick” Mitchell está de volta, rompendo os limites como um piloto de testes corajoso. No mundo contemporâneo das guerras tecnológicas, Maverick enfrenta drones e prova que o fator humano ainda é essencial.

Mas é bom?

Essa é uma daquelas sequências raras que atrai fãs antigos do filme de 1986 e com certeza vai adquirir e conquistar muitos novos. É interessante notar que mesmo para os espectadores mais jovens que não tiveram contato nenhum com o filme original no passado, ainda é possível sentir o peso da nostalgia e imergir na trama.

E é realmente estonteante como o Tom Cruise decidiu que as cenas seriam feitas, com pouquíssimo uso de CGI e efeitos que possam soar falsos para o público. Não é por acaso que as cenas são impactantes e admiráveis, já que é um prazer assistir essas máquinas hipersônicas (seja você um fã de avião, ou não). Cada momento dentro do cockpit dos aviões parece real, com toda a força G sendo aplicada nos atores, percebendo a realidade do suor e da respiração ofegante.

Além disso, foi muito bom notar um vilão mais neutro – sem aquele clichê da Guerra Fria em que inúmeras outras obras de ação e guerra foram inspiradas colocando sempre EUA vs Rússia. Justamente por esse motivo o filme pode parecer mais atemporal assim como o primeiro ainda consegue ser, ele concentra seu poder bélico em uma planta de urânio ilegal e não tripulada de um inimigo sem nação. Deixando de perpetuar a islamofobia e o racismo evidentes em obras do tipo.

O conflito central do longa, apesar de parecer ser entre Maverick e seus superiores, na verdade é com Rooster (Miles Teller), filho de Goose, que se ressente por algumas atitudes e acontecimentos. A tensão entre eles ferve a todo momento, e a atuação deles e de todos ao redor é completamente satisfatória e crível. Esse novo filme consegue ser uma sequência que funciona muito bem conectando pontos do primeiro filme, quanto como um filme solo.

Top Gun: Maverick é um daqueles filmes que te deixam preso na cadeira por tanto tempo, que as vezes você esquece que está numa sala de cinema, incrível, frenético, emocionante e nostálgico.

Nota Final: 10.0

Este filme foi assistido à convite da Paramount.

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