Crítica | Os Fabelmans (2023)

Diogo Souza

12 de janeiro de 2023

Um retrato profundamente pessoal da infância americana do século 1920, Os Fabelmans, de Steven Spielberg, narra a história de um jovem que descobre um segredo familiar devastador e revela o poder dos filmes para nos ajudar a ver a verdade sobre os outros e sobre nós mesmos. 

O longa é inspirado na própria infância de Spielberg, Os Fabelmans foi coescrito pelo cineasta em parceria com o dramaturgo ganhador do Prêmio Pulitzer, Tony Kushner (Angels in America, Caroline, or Change), indicado ao Oscar pelos roteiros de Lincoln e Munique, de Spielberg.

Essa história é feita quase como uma metade verdade, metade ficção, digamos que inspirada por eventos muito reais da vida do diretor. Trocando Os Spielbergs, por Os Fabelman –  a história de um menino descobrindo sua paixão pelo cinema enquanto sua família se divide ao seu redor.

Com a determinação de recriar o acidente de trem que o deixou com pesadelos, numa tentativa de entender seu medo, ele começa uma jornada de filmes caseiros, a medida que ele vai crescendo, e assim ficamos por boa parte do filme com ele adolescente.

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É interessante notar como o roteiro, de Spielberg e Tony Kushner, ultrapassa lugares comuns com simplicidade consegue e nos trazer boas surpresas, concentrando-se em emoções menores e não tão facilmente explicadas. Mesmo que a família aqui seja retratada de forma caricata, é possível entender a maioria das questões, talvez atrapalhe um pouco nos momentos que necessariamente devem ser mais sombrios.

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Dessa forma uma construção interessante de personalidade acontece, quando o jovem aprende como lidar com o público dentro das limitações de baixo orçamento e fazê-los gostar daquilo. Ai sim ele tem uma verdadeira alegria – porém, mais uma vez em casa, seus pais estão em apuros.

Pais esses que foram bem representados na atuação, assim como o próprio diretor, era difícil tirar os olhos da mãe – mesmo que por estranheza. Já o Paul Dano, que aparência e sentimento geralmente são usadas para arrepios, é bem mais suave aqui, e um toque de genialidade com a aparição de Judd Hirsch como um tio estranho e distante, mas que cumpre seu papel com maestria.

Nota Final: 9.5

Esse filme foi assistido à convite da Universal Pictures.

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