Crítica | O Ninho (2019)

Diogo Souza

12 de janeiro de 2022

Samuel é um menino paraplégico que mora com a mãe Elena em uma mansão isolada. Proibido de sair da casa, ele fica insatisfeito e inquieto. Quando conhece Denise, uma empregada adolescente, ele finalmente encontra forças para se opor às restrições de sua mãe e se abrir para o mundo.

Mas será que é bom?

Bem no começo do filme é possível ver o jovem Samuel sendo sequestrado da mansão por seu pai, Riccardo. Os dois sofrem um acidente, deixando o pai morto e Samuel incapacitado para o resto da vida. Mas do que exatamente ambos estavam fugindo, é sobre o que o longa vai tratar – como o fato intrigante de em um cenário dos anos 1960, alguém consegue manipular um iPod? O que está acontecendo ali?

O Ninho retrata um clã separado do resto da Itália por razões retidas até a última cena. Isso definitivamente nos mantém adivinhando e imergindo no filme – embora filmes de terror não sejam exatamente famosos pela imprevisibilidade. Mas apesar da aposta ousada, o roteiro consegue se conter e trazer um resultado satisfatório, assim como a direção de De Feo, que mostra um controle muito bom da produção – principalmente quando a trilha sonora e fotografia emergem criando um único resultado sombrio e espetacular.

É divergente quando um filme de terror conta também uma história de amor entre as duas crianças, porque inicialmente é difícil de comprar e parece mais um recurso do filme do que a coisa real, mas por aqui realmente funciona. O Ninho é simplesmente sobre uma mãe que não quer que seu filho cresça e, bem, deixe o ninho, causando terríveis reações e uma representação assustadoramente convincente do amor materno levado ao próximo nível.

Nota Final: 7.0

O Ninho, já pode ser adquirido para aluguel e compra no NOWLookeVivo PlayGoogle PlayMicrosoft e iTunes nas versões dublada ou legendada (com áudio original).

Esse filme foi assistido à convite da A2 Filmes

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