Stan Ulam é um talentoso matemático judeu polonês de 30 anos, cuja vida se complica quando ele perde a bolsa em Harvard. Porém, seu melhor amigo oferece um emprego misterioso que o leva ao Novo México junto com a nova esposa.
Será que é bom?
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Esse é um filme que fala sobre imigração e os perigos das armas nucleares também, de primeira vista uma coisa não parece muito conectada com a outra, mas certamente se fará na medida que o longa se desenrola. Essa é uma produção europeia com estreia mundial em Palm Springs, do roteirista e diretor Thor Klein que recupera uma história desconhecida sobre um dos principais atores envolvidos no Projeto Manhattan perto do final da Segunda Guerra Mundial. E mesmo que o filme não consiga em alguns momentos dar essa impressão, é assustador sempre que o principal antagonista desses cientistas, o Edward Teller (Joel Basman), defende a construção de uma bomba de hidrogênio que faria as explosões atômicas no Japão parecerem “bombinhas no São João”.
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No geral, O Matemático apresenta uma atuação comovente com os personagens principais. Como a esposa de Ulam, Esther Garrel, a atriz francesa que teve um papel importante em Me Chame Pelo Seu Nome(2017). E além disso traz uma visão diferenciada sobre à ética por trás das escolhas, como elas o conduziram a Oppenheimer, o pai da bomba atômica, a protestar contra a construção dessa monstruosa arma de destruição em massa, depois da guerra?
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No final, o filme biográfico de Klein fala da grande motivação que levou esses cientistas de origens europeias a trabalhar em uma bomba com a capacidade de interromper o nazismo. Mas, depois que a Alemanha se rendeu, essa motivação era inexistente criando discussões caóticas e o choque do lançamento das bombas atômicas sobre o Japão, a pergunta que todos sempre fizeram, por que?
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O diretor de fotografia Tudor Vladimir Panduru e o designer de produção Florian Kaposi, fizeram questão de dar vida aos locais em contraste com a estranhíssima trilha sonora de Antoni Komasa-Lazarkiewicz que afloram ainda mais as perguntas na mente do espectador.
Nota Final: 8.5