Após uma separação, Russell deixa a cidade e parte para o campo, onde sua avó doente Margaret resiste à ideia de viver em um lar de idosos. Enquanto cuida de sua avó, Russell procura novas perspectivas como uma drag queen novata em um bar local.
Mas é bom??
Apesar do roteirista/diretor Connell tentar economizar em certas construções de personagens que funciona, ele usa pouco tempo para o desenvolvimento. Isso faz com o que longa ande por estradas previsíveis à medida que segredos de família são revelados, fantasmas do passado confrontados e gerações separadas descobrem uma força interior.
Contudo, as performances são totalmente excelentes. Incrível ver como alguém fisicamente frágil oferecendo falas cômicas e que elevam o espírito, fazendo com que todas as vezes que ela apareça, a cena, o ambiente é totalmente dela.
Talvez uma das coisas que mais faça o filme fazer sentido é o diretor de fotografia Viktor Cahoj que transmite os encantos da paisagem do Canadá rural – porém a necessidade de Connell de manter a narrativa sempre avançando tem um custo, já que alguns momentos poderiam ser mais quietos e reflexivos para entendimento do público.
No Ritmo da Vida (2020) sofre com a falta de profundidade e complexidade dos personagens coadjuvantes, sendo compensados pelos principais que atraem e comovem nos momentos certos.
Nota Final: 6.0