“Napoleão”, dirigido por Ridley Scott, oferece uma visão original e pessoal das origens e ascensão de Napoleão Bonaparte (Joaquin Phoenix), destacando seu relacionamento tumultuado com Josephine (Vanessa Kirby).
Era no calor da batalha que a mente talentosa de Napoleão como estrategista militar brilhava mais, e ao mesmo tempo ele travava uma outra guerra: uma cruzada romântica com sua esposa adúltera.
Com um currículo que inclui filmes icônicos como Alien, Blade Runner e Hannibal, Ridley Scott mais uma vez comanda a direção com maestria. Sua habilidade em criar mundos cinematográficos fica evidente e funciona bem com os aspectos de realidade nua e crua!!
Joaquin Phoenix entrega uma atuação natural, chegando a ser bizarra em alguns momentos, capturando exatamente as nuances complexas de Napoleão. E quando me refiro a bizarra, é porque ele conseguiu transmitir os receios por causa da sua altura e humilhação por causa da esposa ecoando na mente do protagonista…
Vanessa Kirby também brilha, proporcionando uma representação convincente de Josephine. Fechando a escolha do elenco principal com 100% de acerto!
Com uma duração de 2 horas e 38 minutos, o filme não se torna tão cansativo pelas rápidas passagens de tempo. No entanto, a estrutura episódica, pode causar confusão em alguns momentos – parte disso vem porque ele foi pensado como uma obra de 4 horas, e teve que ser cortada as pressas para o cinema!!
E isso acaba sendo refletido no roteiro e na forma como entende-se a própria história em si, onde cada contexto pequeno não se encaixa até o panorama geral ser explicitado… Mas mesmo assim, bem confuso!
As cenas de ação merecem um destaque só para elas, que proporcionam uma maior imersão no campo de batalha e no caos da guerra. A habilidade em transmitir a intensidade e o tumulto desses momentos contribui muito!!
Nota Final: 7.5
Este filme foi assistido à convite da Sony Pictures.