Crítica | Missão: Rússia (2020)

Diogo Souza

11 de janeiro de 2022

O ex-atirador de elite da Spetsnaz Nikita (Ivan Kotik) lidera um esquadrão de mercenários em uma fábrica de vodca da máfia em nome de empresários obscuros (Ilya Antonenko) que querem aproveitá-la – mas ele também tem uma intriga pessoal com o dono.

Mas será que é bom?

As relações que vão se estabelecendo entre os personagens são um pouco confusas, principalmente por introduzir com armas de fogo quando os verdadeiros donos da fábrica entram na briga, e várias partes vão se envolvendo, porém sem muita clareza do roteiro. O tom inicial do caos travesso muda para algo sombrio e rotineiro. Missão: Rússia é ao mesmo tempo simples e desnecessariamente complicado, ainda mais se falando de um filme de ação. Talvez isso aconteça para suprir a completa falta de caracterização dos personagens – gerando falta de empatia do público geral. O longa vai tentando estabelecer vínculos que se mostram verdadeiros depois, quando uma série de cruzamentos duplos e triplos ocorre, quase como “Agora todas as peças se encaixam”.

Mas mesmo com esses problemas de figurino e roteiro, a direção consegue segurar o espectador atento pelo menos até a primeira metade. E melhora um pouco quando descobre-se que o principal lutador do filme, é lutador de MMA Vladimir Mineev na vida real. A ação em si foi tratada com competência suficiente, quando os cortes são feitos exatamente para não desmascarar a falta de habilidade em alguns dos lutadores.

Apesar de ser uma inspiração em um longa de nome parecido, esse está longe de ser a imitação barata que sugere, e há muito que atrairá quem procura pancadaria sem sentido como o famoso Quebrando Regras (2008). Em contrapartida, pode ser que em alguns momentos o espectador fique tão confuso quanto essa crítica.

Nota Final: 5.5

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