Crítica | Mafia Mamma (2023)

Diogo Souza

11 de maio de 2023

Kristin (Collette) é uma mulher americana suburbana que enfrenta uma série de desafios. Seu único filho está desesperado para ir para a faculdade, seu chefe é um porco sexista, e ela acabou de pegar seu marido músico malsucedido (Huebel) a traindo com uma jovenzinha. O que uma mulher tem que fazer para obter um pouco de respeito? É quando ela recebe um telefonema que muda sua vida. Seu avô distante, Giuseppe Balbano, está morto e ela deve comparecer ao funeral na Itália.

Instigada por Jenny, sua melhor amiga, Kristin está convencida de que isso é exatamente o que ela precisa – uma viagem gratuita à Europa cheia de massas, vinho e homens bonitos! Desembarcando em Roma, ela esbarra no lindo Lorenzo no aeroporto que pede seu número. Até agora, tudo perfeito.

Mas será que vai continuar assim?

O filme, que é dirigido por Catherine Hardwicke a partir de um roteiro de Michael J. Feldman e Debbie Jhoon, baseado em uma história de Amanda Sthers, a trama começa a falhar quando centra-se em Kristin, ao invés da descolada Bianca, interpretada por Bellucci.

A premissa do longa até consegue trazer algum frescor para os espectadores. Mas não é hábil ao escapar dos estereótipos italianos e americanos ingênuos perto deles. Isso não seria tanto problema assim, claro, se houvesse ao menos uma sátira de fundo. Mas nada, ele tenta ser sério, ser comédia – e enquanto decide o que tenta ser, o espectador fica no limbo esperando a decisão.

mafia-mamma-2023

Podemos ver ideias do empoderamento feminino tentando se desenrolar. Kristin é a melhor vendedora de sua empresa farmacêutica, mas os três homens que ela trabalha sempre ignoram suas ideias em favor de mulheres de biquíni.

E é exatamente o que vemos na parte da família mafiosa, seu primo se sente no direito de estar no comando, apesar das novas ideias de Kristin revitalizarem o negócio (ainda ilegal). Basicamente a mesma ideia, mudando circunstâncias e rostos!!

No final Mafia Mamma passa toda sua duração de 1h 41m tentando ser uma coisa ou outra, e termina sem se decidir. Uma obra que tem ideias muito boas e criativas, porém mal executadas, e infelizmente dessa vez a colaboração entre Hardwicke e Collette não foi tão proveitosa!!

Nota Final: 5.5

Este filme foi assistido à convite da Paris Filmes.

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