Crítica | Creed III (2023)

Diogo Souza

1 de março de 2023

Creed III, da Metro Goldwyn Mayer Pictures, marca a estreia de Michael B. Jordan na direção, que também volta ao papel de Adonis Creed no terceiro filme da franquia de sucesso.

Depois de dominar o mundo do boxe, Adonis Creed tem prosperado tanto na carreira quanto em sua vida familiar. Mas Damian (Jonathan Majors), amigo de infância de Adonis e ex-prodígio do boxe reaparece, após cumprir uma longa sentença na prisão, ansioso para provar que merece sua própria chance no ringue. O confronto entre os antigos amigos é muito mais do que uma luta de boxe. Para acertar as contas com o passado, Adonis vai colocar seu futuro em jogo no ringue contra Damian – um lutador que não tem nada a perder.

Mas é bom?

SIM, E MUITO!! Agora vamos as razões do porque é bom.

Assim como Rocky de Sylvester Stallone diz no final de Creed 2 para o Adonis:

“É o seu tempo“

E claramente era uma passada de “manto“ para Adonis Creed na franquia, mais que isso, era oficialmente passada direção para o Michael B. Jordan com Creed III. E em sua estreia como diretor, o resultado é extremamente satisfatório, emocionante e intrigante ao mesmo tempo!

O roteiro veio das mentes de Keenan Coogler e Zach Baylin (de uma história que eles co-escreveram com o diretor de Creed e Pantera Negra, Ryan Coogler). É interessante ver como o filme viaja entre o futuro e o passado esclarecendo algumas perguntas, porém deixando outras na cabeça do espectador através dos flashbacks – recurso que muitas vezes é usado como uma tática de um roteiro preguiçoso para não precisar explicar alguns fatos de forma mais complexa. Mas em Creed III eles são usados de maneira acertada como um ponto que engrandece a trama como um todo.

E a partir disso vamos entendendo a motivação dos personagens e de onde vem toda a mágoa reprimida do Dame contra o Adonis, e é mostrada de forma natural e honesta. Claramente com uma performance magnética de Jonathan Majors em um papel que ele mostra o que tem de melhor, e por mais forte que o ator seja fisicamente, é nos momentos mais sutis e intensos que ele realmente impressiona. E comparável à ele temos somente o Michael B Jordan representando uma luta entre Adonis e o mundo e o Adonis vs Adonis, além é claro da maravilhosa Tessa Thompson que não leva nem 5 minutos para emocionar qualquer um.

No longa também temos uma foco maior dessa vez na sua filha deficiente auditiva, a Amara (Mila Davis-Kent), trazendo uma dinâmica familiar adorável, mas não ao ponto de se tornar melosa – talvez revelando uma lutadora para o próximo filme, quem sabe?

No final Creed III tem uma direção muito boa, principalmente para um diretor estreante, as sequências de boxe hipnotizantes baseadas em seu gosto pelo anime – especialmente na luta final, com os jogos de câmera lenta, socos no estilo Dragonball Z, com reproduções quase exatas do anime. E o que foi aquela cena que todos desaparecem, NOSSA!!

Somando isso com uma trilha sonora impecável, que você sai do cinema querendo escutar toda aquela playlist, e uma atuação de primeira. Creed III já se tornou um dos melhores filmes de 2023.

Nota Final: 10.0

Este filme foi assistido à convite da Warner Bros. Pictures.

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