Crítica | Chamas da Vingança (2022)

Diogo Souza

19 de maio de 2022

Em uma nova adaptação do clássico thriller de Stephen King, dos produtores de O Homem Invisível, uma garota com poderes extraordinários luta para proteger sua família e a si mesma de forças sinistras que buscam capturá-la e controlá-la. Por mais de uma década, os pais Andy (Zac Efron) e Vicky (Sydney Lemmon) estão fugindo, desesperados para esconder sua filha Charlie (Ryan Kiera Armstrong) de uma agência federal sombria que quer aproveitar seu dom sem precedentes para criar fogo em uma arma de destruição em massa. Andy ensinou Charlie como desarmar seu poder, que é desencadeado pela raiva ou pela dor. Mas quando Charlie faz 11 anos, o fogo fica cada vez mais difícil de controlar. Depois que um incidente revela a localização da família, um agente misterioso é enviado para caçar a família e capturar Charlie de uma vez por todas. Porém, Charlie tem outros planos.

A obra se baseia no romance de Stephen King que foi publicado em 1980 durante uma fase da carreira do mestre do terror em que o escritor parecia fascinado por crianças com poderes inexplicáveis, Carrie, Iluminado e assim vai a lista. Não há nada mais assustador do que uma criança descontrolada, e o filme consegue muito bem transmitir como isso funcionaria na realidade, até pela falta de discernimento dela. Talvez os problemas que existem em Chamas da Vingança sejam por se tratar de um remake de uma obra datada, ou seja, as previsibilidades hoje em dia não eram tão óbvias na época que foi lançado. Por isso o longa tem momentos apáticos e cansativos.

O filme já começa com uma demonstração brutal de poder, mas claramente ninguém acredita que ela tem poderes e o diretor e a professora presumem que a bola de fogo que saiu do banheiro era um explosivo. Os pais claro, discordam, até porque eles também tem poderes, produtos de experimentos de um programa do tipo MK Ultra. Porém o pai e a mãe são produtos de experiência, ao contrário da filha que é totalmente natural e tem poderes amplificados e incontroláveis.

A Blumhouse geralmente mantém os orçamentos baixos, mas não por isso todas as obras deles são ruins, longe disso. O problema é que dessa vez o filme realmente parece ter sido barato, mesmo com a trilha sonora de John Carpenter com aspectos nostálgicos do terror clássico, não foi suficiente para trazer o espectador para a tela por algumas vezes. A trama deixa muitas vezes difícil decifrar o que está acontecendo quando as coisas deveriam estar ficando intensas, contudo não fica incoerente já que durante vários trechos por exemplo – é dado a entender a personalidade da criança e comportamentos que condizem com aquilo.

No final Chamas da Vingança (2022), é uma obra que poderia ser mais com um pouco cuidado e trabalho extras, porém que pode sim expandir um universo cheio de possibilidades. O resultado é satisfatório, principalmente para aqueles que gostam de um terror diferenciado e longe de coisas de espírito ou maldições!

Nota Final: 7.0

Esse filme foi assistido à convite da Universal Pictures.

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