Crítica | Assassinos da Lua das Flores (2023)

Diogo Souza

18 de outubro de 2023

“Assassinos da Lua das Flores,” dirigido por Martin Scorsese, é um filme inspirado no best-seller homônimo de David Grann e baseado em uma história real que se desenrola na região de Oklahoma nos Estados Unidos em 1920. A narrativa se concentra em misteriosos assassinatos que ocorrem na tribo indígena Osage, uma região rica em petróleo. Esses crimes desencadeiam uma investigação liderada pelo recém-criado FBI, sob a direção de J. Edgar Hoover.

O filme tem como propósito explorar a história por trás do “black gold” (ouro negro), um termo que se refere ao petróleo, e como a descoberta dessa riqueza nas terras dos Osage atraiu a ganância e a cobiça dos colonizadores brancos da época.

Um pouco do contexto real:

“A história real começa ali, bem no início do século 20, integrantes da nação indígena americana Osage se tornaram as pessoas mais ricas do mundo de repente, e tão de repente como começou foi terminando, começaram a aparecer mortos, um após do outro.

Essas mortes misteriosas viraram um dos primeiros casos investigados pela agência que futuramente, seria conhecida como FBI (Federal Bureau of Investigation, ou Agência Federal de Investigação).”

O diretor Martin Scorsese tem a intenção de apresentar a dura realidade enfrentada pelos indígenas diante da ganância humana, revelando todas as táticas e manipulações usadas para adquirir as heranças das famílias que possuíam acesso às riquezas da região.

O longa consegue prender a atenção do espectador e o incentiva a explorar mais a fundo a história real por trás dele. Sabe quando você sai da sessão querendo saber mais da história real – mesmo depois de 3h e 30 de duração, então. É bom nesse nível!

Porém apesar de ser muito bom, é possível sentir um certo cansaço – principalmente no início, por causa do desenvolvimento necessário dos personagens, e conforme a história foi se desenrolando o ritmo foi aumentando sem parar até o clímax!!

No final, “Assassinos da Lua das Flores” se destaca como uma obra cinematográfica que não apenas entretém, mas também educa, provoca a reflexão sobre questões históricas e sociais importantes e com certeza vai entrar para o hall de filmes referência.

Nota Final: 9.0

Este filme foi assistido à convite da Paramount Pictures.

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