Nelly tem uma maneira muito peculiar de enxergar as coisas. Ao bisbilhotar uma mansão labiríntica, ela se depara com um segredo incrível: sua família tem mantido a paz mundial por décadas ao lutar contra zumbis, vampiros e outras criaturas horríveis.
Mas é bom?
Para responder essa pergunta, precisamos primeiramente entender qual tipo de público esse filme se direciona. Pela sinopse já podemos perceber que se trata de uma obra infanto-juvenil, mas que não se cerca somente à isso – acertando justamente quando já nas cenas iniciais apresenta a Nelly na frente de uma plateia de colegas de escola, ela encena uma elaborada peça de uma menina sobre monstros, ganhando mais gritos de horror do que aplausos à medida que chega à sua conclusão retorcida. Acabando com o clichê do mundo perfeito normalmente visto no gênero. Mostrando como será a personalidade da protagonista durante o decorrer do longa.
O roteiro de Sofie Forsman é cheio de humor e com certeza atrairá os adultos tanto quanto às crianças. Isso porque são abordadas sérias questões de alteridade e aceitação. É possível se conectar com a personagem no momento que ela faz campanha por uma sociedade mais inclusiva, mesmo do jeito diferente dela. E os demais quesitos técnicos do filme cumprem o que se propõe sem extravagâncias ou problemas que danifiquem a experiência!
As Férias Assustadores de Nelly Rapp traz os monstros como uma forma de alusão à assuntos tratados na nossa realidade e como realmente deveriam ser. No final é um filme que nos ensina e diverte ao mesmo tempo.
Nota Final: 8.0