Crítica | A Morte do Demônio: A Ascensão (2023)

Agnes Maciel

19 de abril de 2023

Uma mulher se encontra em uma luta por sua vida quando um livro antigo dá à luz demônios sedentos por sangue. Eles se tornam cada vez mais agressivos em um prédio em Los Angeles.

Mas é bom?

A Morte do Demônio: A Ascensão vem para expandir o universo conhecido de um jeito único, intenso e corajoso. Já conhecemos a história de Ash com suas desventuras macabras iniciadas lá em 1981 quando ele e seus amigos vão passar um tempo em uma cabana isolada no meio da floresta. Lá eles encontram um livro que depois descobrem ser, O Livro dos Mortos.

O Livro dos Mortos passou por mudanças significativas em sua versão de 1981 e em seu novo design. Isso levou alguns espectadores a imaginarem que se tratava de um remake da história, contudo acreditamos que a trama esteja situada no mesmo universo de Ash e que ocorra no futuro. Essa suposição é reforçada pelo fato de o ator do filme original aparecer em uma cena pós-créditos no filme de 2013.

Agora, na nova sequência, vemos a trama acontecendo, ironicamente, na cidade dos Anjos (Los Angeles). O filme trás pontos que enriquecem a história e mostra que aqueles encantamentos não estão atrelados somente aquele livro ou lugar específico. E como o terror pode atingir barreiras sem precedentes. Vimos um pequeno exemplo dessa teoria com o livro de Ash e o próprio em uma série de desventuras em sua série Ash vs The Evil Dead. Série que detalha melhor ele caçando esse mal em pessoas “aleatórias” que perseguem ele.

Diferente de seus antecessores, o novo longa não inclui alívios cômicos tradicionais, e vai fundo no terror como na sequência de 2013. Um novo ciclo de possibilidades se abre, sem spoilers, por enquanto.

Assim, podemos esperar que que não sejam independentes, mas sim no mesmo universo. Cada história pode ter seu próprio rumo em relação ao início da trama, mostrando as diferenças entre o que aconteceu na cabana e o que ocorreu em Los Angeles, mas ainda assim destacando a conexão entre elas. No entanto, quando o mal é descoberto, fica claro que não se trata da mesma entidade maligna que presenciamos com o Ash.

A história desse introduz uma nova dinâmica com uma família disfuncional – duas irmãs que se gostam porém são distantes. Uma delas está criando os três filhos sozinha enquanto a outra se aventura em vários lugares numa banda onde toca guitarra, tornando-se quase inacessível. A mãe já se encontra em um certo sufoco para continuar criando os filhos e não tem mais condições de manter sua família no apartamento onde vivem. Na noite do encontro das duas irmãs um terremoto faz desmoronar literalmente a relação familiar dessas pessoas trazendo o demônio que ciranda em chamas em meio ao caos familiar.

No final, A Morte do Demônio: A Ascensão tem atuações espetaculares, mostrando que o terror cada vez mais exige artistas de peso para trazer realidade as tramas. Alyssa Sutherland interpreta Ellie, a mãe de três. Lily Sullivan interpreta a irmã de Ellie, Beth. Já os filhos de Ellie, Kassie, Danny e Bridget são interpretados, respectivamente, por Nell Fisher, Morgan Davies e Gabrielle Echols. A química em cena desses artistas é ótima e depois de assistir, não tem como imaginar que seria diferente.

Nota Final: 9.0

Este filme foi assistido à convite da Warner Bros. Pictures.

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