COMO TREINAR O SEU DRAGÃO (2025)

Diogo Souza

12 de junho de 2025

Épico e Emocionante!

Não seriam outras as palavras para definir o primeiro live Action da DreamWorks baseado em suas animações. Orçado em U$ 160 milhões, trazendo Gerard Butler como o Viking Stoico, papel que reinterpreta já que fez as voz do viking ranzinza na animação original em 2010, Mason Thames como Soluço e Nico Parker como Astrid, segundo papel da atriz em live actions baseados em animações de sucesso, o primeiro foi Dumbo (2019).

Este filme fora desenvolvido e distribuído pela Universal, sem a efetiva participação da DreamWorks. Anunciado em 2023, levou um tempo a mais para conclusão das filmagens devido a greve dos roteiristas. Contando também com com Dean DeBlois dirigindo, escrevendo e produzindo o filme depois de escrever e dirigir anteriormente as animações, com Marc Platt e Adam Siegel também como produtores.

Todo escuro?

No início tomamos um susto, cenas escuras, ação à noite e dragões aparecendo em velocidades astronômicas. Seria só isso? Tanta espera para não mostrar o real potencial da animação em cenas reais, porém ledo engano, quando a equipe de efeitos visuais da Framestore decide ligar o turbo, vemos todo o encantamento da Berk, ilha onde se passa a aventura, e toda beleza e magia encantadora dos dragões no cinema, com Christian Manz servindo como supervisor de efeitos visuais.

E a aventura realmente começa. Cada cena, casa fala, extraídas diretamente da animação. Há quem condene que nas adaptações fazer uma cópia do original não seria uma nova obra, apenas transpor de um gênero cinematográfico para outro, já outros, principalmente os fãs, preferem a fiel adaptação da obra original, argumento esse que também sigo.

A Berk é eloquente, em cima das montanhas, rodeada por mares e sobrevoadas por dragões. Dragões esses que vão a ilha em busca de alimento, surrupiando os rebanhos. Os vikings obviamente ficam revoltados e a guerra começa entre eles. Nesse emaranhado todo, que entra o personagem de Soluço.

Nascido para ser herói como sei pai, o líder da vila, não apresenta as características necessárias, como corpanzil ou habilidades com armas, pelo contrário, é franzino, desajeitado porém muito inventivo. Com uma de suas invenções consegue acertar o dragão mais raro e feroz da época, o fúria da noite, o queridissimo Banguela . Na concepção original dos livros de Cressida Cowel, ele seria apenas um dragão de jardim, falante e didática infantil.

O que temos no filme potencializa o da animação, é imponente, grandioso e sua participação inicial da um urro que possivelmente assustará alguns desprevenidos. E aí começa a exenplar relação amigável entre um humano e um dragão. Mostrando que não precisamos destruir o que nos é diferente, basta entender para cuidar. Fator esse que não agrada nenhum pouco o Rei Stoico, que prefere a vingança pelo machado, vingar sua esposa que anos atrás fora levada por uma dessas criaturas. Mas por causa dessa sede de vingança coloca todos os habitantes em vista de um perigo maior, uma ameaça nunca vista antes. Que imprime cenas de ações incríveis, o fato dos realizadores estudarem vôos de águias e falcões para imprimir nos dragões é brilhante. Cada dragão simula um animal, de morcegos a gatos, você vê a similaridade nos animais em tela, e como possuem traços cartunescos, olhos grandes e formas coloridas, dão um tom característico único para essa adaptação de dragões. Outro fator a ressaltar é que John Powell que compôs a música do filme, após já ter feito a trilha sonora da trilogia das animações, e ficou incrível.

Casa bem nas cenas de ação e nas emotivas. Por sinal, preparem-se para uma cena de vôo que vai entrar para galeria de cenas icônicas do Cinema tal qual o vôo de bicicleta em Et de Spilberg quanto o vôo de tapete mágico de Aladdin e Jasmine. Os efeitos práticos e o zelo nos figurinos na ambientação, mostram muito bem o porquê de U$ 50 milhões terem sido gastos na pré produção. Os atores estão bem. Butler soa caricato mas é esse seu papel, tá bem executado.

Mason Thames surge como um novo Timothée Chalamet, o garoto tem futuro, já Nico Parker seria uma Nova Zendaya, é gratificante vê-los em tela.

Bem dirigido, bem atuado, com bons efeitos e história que já conhecemos e agora de forma mais grandiosa e imponente, Como Treinar Seu Dragão é uma certeira aposta da Universal, que já faturou U$ 1,6 bilhão com as animações, e tem uma ala inteira dedicada a esse universo em seu novíssimo parque em Orlando, demonstrar que não apenas Disney faz Live actions de sucesso baseados em suas animações. Do herói improvável às criaturas adoráveis, toda ação trazem consequências, note máximo do filme, que revitaliza a sétima arte, diverte e encanta.

Nota Final 9.0

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