Argylle – O Superespião é um filme de comédia e ação baseado na obra homônima de Elly Conway e dirigido por Matthew Vaughn (Kingsman).
No filme, Elly (interpretada por Bryce Dallas Howard) é uma renomada autora que ficou conhecida por uma série de romances de espionagem que acompanham o agente Argylle (Henry Cavill). Porém, inesperadamente, a trama de Elly deixa de ser apenas uma ficção e acaba se tornando realidade, colocando a escritora no centro de uma complexa e perigosa teia de trapaças e assassinatos.
Com a ajuda de Aiden (Sam Rockwell) e o gato Alfie – seu fiel companheiro – Elly deve lidar com as consequências do encontro entre o mundo real e fictício. O elenco também conta com a participação de Dua Lipa, Sofia Boutella e John Cena.
Mas é bom?
A mais recente empreitada do gênero de filmes de espionagem, chega com uma técnica inquestionável, cortesia do diretor da aclamada franquia Kingsman. Se destacando por suas cenas de luta inovadoras e uma estética visual muito boa. Há uma ironia narrativa peculiar que só ele sabe fazer, uma verdadeira assinatura do diretor, que, embora adicione uma camada de diversão, paradoxalmente torna a narrativa um tanto cansativa.
Os Plot-Twists
Um ponto de destaque – e ao mesmo tempo um ponto fraco – são os inúmeros plot twists.
Porque, embora inicialmente intrigantes, essas reviravoltas se tornam redundantes ao longo das 2 horas e 19 minutos de duração do filme.
Diferente de clássicos como “O Sexto Sentido” de 1999, onde as reviravoltas são cuidadosamente preparadas e sutilmente sugeridas ao longo da trama, “Argylle” falha em criar essa antecipação orgânica.
“Sabe quando o garotinho diz ‘eu vejo gente morta!!'”
E todo a trama vem à tona, então – aqui as revelações, embora surpreendentes, carecem de pistas ou correlações prévias, criando uma sensação de enganação mesmo, por que será que se ele te desse essas pistas você não descobriria rápido demais o que está acontecendo?
As atuações são um ponto alto. Cenas de ação são bem executadas e surpreendem pela sua extravagância intencional. A escolha de marketing de focar em Henry Cavill e Dua Lipa, que desempenham papéis coadjuvantes, é questionável, embora ambos se destaquem, assim como Bryce Dallas Howard e Sam Rockwell nos papéis de Elly e Aiden, respectivamente.
Contudo, eles trazem uma energia dinâmica que adiciona bem à narrativa!!
No final, “Argylle – O Superespião” é tecnicamente impressionante e visualmente estimulante, tropeçando na narrativa confusa e complicada, com reviravoltas que prometem mais do que entregam. No entanto, ele é bem divertido e criativo – quase como uma paródia bem produzida para os fãs do gênero e admiradores dos trabalhos anteriores do diretor…
Nota Final: 7.5
Esse filme foi assistido à convite da Universal Pictures.