“A Paixão Segundo G.H.”, dirigido por Luiz Fernando Carvalho e estrelado por Maria Fernanda Cândido no papel de G.H., oferece uma jornada contemplativa sobre a crise existencial de sua protagonista. O filme, baseado na obra de Clarice Lispector, mergulha nas profundezas da mente de G.H. após a demissão de sua empregada, explorando suas reflexões e descobertas de uma maneira poética e visualmente marcante.
MAS É BOM?
(Reprodução/Paris Filmes)
Uma das características mais distintas do filme é sua abordagem visual e narrativa, que se distancia da normalidade cinematográfica. Luiz Fernando Carvalho imprime sua marca registrada, oferecendo uma experiência ousada. A estética é marcada por imagens sempre simbólicas, complementadas por diálogos poéticos e reflexivos. Essa abordagem, embora cativante para alguns espectadores, pode tornar o filme um tanto desafiador e cansativo para outros, especialmente devido à sua duração de 2 horas e 4 minutos.
Maria Fernanda Cândido entrega uma performance cativante como G.H., capturando a complexidade e a intensidade da crise existencial de sua personagem. Ela nos guia através das camadas de emoção e pensamento de G.H., exibindo sua confusão e sua busca por significado de uma forma autêntica.
Trazendo a essência da obra de Clarice Lispector sem ser uma mera adaptação literal do livro. Ele mantém a aura poética e filosófica do texto original, com um “Quê” de interpretação cinematográfica que ressoa com as questões existenciais e filosóficas que permeiam a obra.
Apesar de suas qualidades, “A Paixão Segundo G.H.” pode não ser para todos os gostos. Sua abordagem narrativa não convencional pode distanciar alguns espectadores menos cinéfilos por assim dizer, que preferem uma experiência mais direta. Agora, se você está disposto a mergulhar nas profundezas da mente humana e explorar questões existenciais numa obra de uma escritora incrível e interpretada por ninguém menos que a Maria Fernanda Cândido – esse talvez seja o filme para você!
Nota Final: 7.0