A declaração de Todd Phillips, diretor de “Coringa” e “Coringa: Delírio a Dois”, de que Joaquin Phoenix “nunca foi realmente o Coringa” tem gerado diversas discussões e interpretações entre os fãs e críticos do universo DC. Essa afirmação foi feita durante uma entrevista à Entertainmente Weekly. Veja abaixo parte da entrevista.
O texto abaixo contém Spoilers
“Quando aqueles guardas matam aquele garoto no hospital, ele percebe que se vestir de palhaço, colocar aquela maquiagem, não muda nada. De certa forma, ele aceitou o fato de que sempre foi Arthur Fleck; nunca foi essa coisa que lhe impuseram, essa ideia que as pessoas de Gotham colocaram sobre ele, que ele representa. Ele é um ícone involuntário. Essa imagem foi colocada sobre ele, e ele não quer mais viver como um falso, ele quer ser quem realmente é”.
Embora possa parecer contra intuitiva à primeira vista, revela uma visão mais complexa e ambiciosa sobre a construção do personagem e sua relação com o icônico vilão dos quadrinhos.
Ao afirmar que Joaquin Phoenix nunca foi o Coringa, Phillips parece sugerir que o personagem interpretado por Phoenix não é uma mera representação do vilão clássico dos quadrinhos. Em vez disso, Arthur Fleck, o protagonista de ambos os filmes, é um indivíduo complexo e trágico, cuja jornada o leva a adotar uma persona que o mundo ao seu redor projeta sobre ele.
A declaração de Phillips gerou debates entre os fãs e críticos. Enquanto alguns argumentam que essa visão deturpa a essência do Coringa, outros elogiam a originalidade e a profundidade da abordagem de Phillips. Afinal, a interpretação de Joaquin Phoenix como Arthur Fleck é considerada uma das melhores representações do personagem em qualquer mídia.
Ao desafiar as expectativas do público e oferecer uma nova perspectiva sobre o Coringa, Phillips cria um personagem mais complexo e humano, que transcende os limites dos quadrinhos e se torna um símbolo de uma sociedade que torna Arthur Fleck um símbolo da sociedade doente e da alienação.