Alien: Romulus, dirigido por Fede Álvarez, é o mais novo capítulo na longeva franquia Alien. Retornando às raízes da série, o filme é ambientado entre os eventos de Alien, o 8º Passageiro (1979) e Aliens, O Resgate (1986).
A trama segue um grupo de jovens colonizadores que, ao explorar uma estação espacial abandonada, encontra uma ameaça mortal e precisa lutar pela sobrevivência.
Embora o elenco jovem e a introdução tenham gerado controvérsia, o filme surpreende ao se conectar com temas e conceitos estabelecidos em Prometheus (2012) e outros marcos da franquia.
Mas é bom?
Um dos pontos de maior inflexão está no início do filme, onde o núcleo adolescente sofre com diálogos forçados e personagens que parecem saídos diretamente de um clichê da era Netflix.
Essa tendência de incluir grupos jovens, mesmo em universos mais sombrios e sérios como Alien, pode afastar os fãs da franquia original, que estão acostumados com a tensão mais madura e introspectiva.
A interação desses personagens, especialmente em um contexto onde o terror deveria prevalecer, soa exagerada e, muitas vezes, desnecessariamente irritante.
Mas melhora, E MUITO
Felizmente, à medida que o filme avança, Alien: Romulus ganha ritmo e começa a entregar a atmosfera sufocante e desesperadora pela qual a franquia é conhecida. Fede Álvarez, que tem em seu currículo obras como O Homem nas Trevas e A Morte do Demônio, demonstra uma habilidade impressionante para criar sequências tensas e, como esperado, elementos bizarros que se encaixam no universo Alien.
A revelação do DNA humano na criatura ganha uma exploração mais aprofundada aqui, enriquecendo a mitologia já estabelecida e fornecendo uma base mais sólida para as origens dos Xenomorfos.
Reverências nota 10
O filme não se contenta apenas em revisitar o terror psicológico dos primeiros filmes; ele também presta homenagens inteligentes. Os mais atentos notarão referências sutis, desde os cenários clássicos até menções ao jogo Alien: Isolation.
A conexão com Prometheus, especialmente nos momentos finais do filme, oferece uma reviravolta daquelas!!
Resultado?
No entanto, nem tudo é perfeito. Em alguns pontos, é possível perceber a influência do estúdio interferindo forte na visão de Álvarez, resultando em desvios do tom pretendido pelo diretor.
Alien: Romulus é uma surpresa agradável em meio ao mar de sequências esquecíveis. Apesar de seu início problemático e algumas escolhas questionáveis, ele consegue resgatar a essência da franquia, equilibrando nostalgia com novas ideias. E aparentemente, ainda há muito o que apreciar no universo Alien.
Nota final: 7.5