BORDERLANDS: O DESTINO DO UNIVERSO ESTÁ EM JOGO

Diogo Souza

10 de agosto de 2024

Baseado na franquia de sucesso da Gearbox Software, Borderlands é uma tentativa ambiciosa de traduzir a energia caótica e o humor irreverente dos jogos para a tela grande. No entanto, o resultado é uma mistura de altos e baixos, que nem sempre consegue capturar a essência do material original.

Primeiras impressões

O filme é, em muitos aspectos, uma adaptação fiel aos jogos, entregando uma narrativa cheia de ação, explosões e personagens excêntricos que são a marca registrada da franquia. Cate Blanchett se destaca como Lilith, trazendo intensidade, enquanto Jack Black como Claptrap é o alívio cômico necessário. O CGI, embora geralmente competente, tem seus momentos de fraqueza, especialmente em cenas de batalhas mais complexas.

No geral, os personagens principais têm carisma e química, mas o vilão Atlas, interpretado por Edgar Ramirez, deixa a desejar com uma presença que nunca se sente verdadeiramente ameaçadora. Podendo ser previsível e resoluções apressadas e típicas!!

Mas é bom?

Borderlands certamente não é uma obra-prima das adaptações de jogos, mas cumpre o papel de entreter. É um filme que você pode assistir com a família e se divertir com as piadas e as cenas de ação, mesmo que ele não alcance todo seu potencial. A direção opta por um tom leve, que às vezes flerta com o absurdo, o que é compatível com a natureza dos jogos.

No entanto, esse tom também impede o filme de se aprofundar em aspectos mais dramáticos ou emocionais que poderiam ter enriquecido a história ou nos fazer se envolver mais.

Humor e aventura

Ao tentar ser uma comédia, e ao mesmo tempo uma aventura espacial épica – ele acaba se perdendo na linha. E em seus momentos de humor, especialmente nas interações entre Claptrap e os outros personagens, muitas piadas não encaixam como deveriam. Kevin Hart, no papel de Roland, tem muito carisma como todos sabemos, mas o roteiro só o deixa no básico mesmo…

Confuso? Talvez!

A trama, embora envolvente em certos momentos, sofre com uma certa confusão narrativa. A história das “chaves” necessárias para abrir o Cofre Eridiano, que guarda os segredos e tesouros de uma civilização perdida, é um exemplo desse potencial que poderia ser alcançado, mas não vinga.

Ele não deixa claro quantas chaves são necessárias ou por que exatamente elas são importantes, essa falta de clareza, combinada com a pressa, enfraquece o impacto e dificulta a imersão. Perdendo o grande “plot” pretendido.

“Borderlands” é uma tentativa boa, mas imperfeita, de trazer uma das franquias de videogame mais populares para o cinema. É perceptível o espírito dos jogos, mas falha em alguns aspectos de desenvolvimento de personagens e narrativa. Coisas como figurino e direção de arte se sobressaem e se destacam verdadeiramente!!

Nota Final: 6.0

Esse filme foi assistido à convite da Paris Filmes!!

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