Back to Black é um filme biográfico sobre a cantora Amy Winehouse, pelas mãos da diretora Sam Taylor-Johnson, responsável pelo longa Cinquenta Tons de Cinza. O longa-metragem narra a carreira sombria da artista conhecida por sucessos como ‘Rehab’ e ‘Black to Black’, que morreu precocemente aos 27 anos de idade por intoxicação alcoólica em 2011.

Através da jornada da adolescência até a fase adulta, sua curta carreira profissional é apresentada, desde os seus primeiros dias em Camden até a produção de seu álbum inovador, Back to Black, que serviu como um grande impulso para a fama global de Amy. A história, contada através dos olhos da cantora, explora e abraça as muitas camadas da artista icônica, além de seu relacionamento amoroso tumultuado com Blake (Jack O’Connell).

Durante sua caminhada no estrelato, a cantora criou álbuns Frank e Back to Black, o último dos quais lhe rendeu seis prêmios Grammy. Até hoje, Amy é considerada uma das grandes lendas da música soul e R&B.

Mas é bom?

Ele promete, a partir de sua sinopse, uma imersão profunda na vida de Amy Winehouse, com uma trajetória tragicamente marcada por um relacionamento conturbado e influências negativas. A narrativa se concentra na relação tumultuada entre Amy e seu ex-marido, Blake Fielder-Civil, uma presença teve um impacto significativo tanto em sua vida pessoal quanto em sua música, inspirando alguns de seus maiores sucessos, como a canção que dá título ao filme.

A atuação compensa?

Marisa Abela, que assume o papel de Amy Winehouse, oferece uma interpretação deslumbrante da cantora, capturando a deterioração física provocada pelo abuso de álcool, cigarro e drogas. ela consegue transmitir a tristeza e o desespero de Amy, especialmente ao retratar a perda do “amor de sua vida”. No entanto, a atuação impressionante não consegue compensar completamente algumas das deficiências narrativas.

Abordagem simplista

A dependência emocional da Amy em relação a Blake é tratada de maneira simplista, não explorando o potencial tóxico e abusivo do relacionamento. O filme falha em mostrar a manipulação e o aproveitamento do homem, ficamos vazios de explicação quanto à isso!!

Mesma coisa serve para a relação de Amy com sua família, com a sensação de insuficiência. A mãe quase não é mencionada e a tensão com o pai é apenas insinuada, sem uma exploração adequada de como o divórcio dos pais afetou Amy. Essa falta de profundidade nas relações familiares resulta em uma narrativa fragmentada, que não se sustenta por si só sem um conhecimento prévio da história de Amy Winehouse!!

Vale a pena assistir?

Para aqueles que não conhecem a trajetória da cantora, o longa pode parecer uma série de eventos desconexos e rasos. No final, “Back to Black” exige que o espectador tenha um conhecimento prévio sobre Amy para preencher as lacunas deixadas pelo roteiro. Em vez de apresentar uma visão abrangente e detalhada da vida e obra de Amy Winehouse, o filme se perde em suas próprias limitações, oferecendo uma visão parcial e insatisfatória de uma das artistas mais icônicas de sua geração.

Nota Final: 6.0