Crítica | Pedágio (2023)

Diogo Souza

30 de novembro de 2023

Pedágio é um filme brasileiro de drama dirigido e roteirizado por Carolina Markowicz (Carvão, O Órfão) e estrelado por Maeve Jinkings e Kauan Alvarenga. Na trama, Suellen (Jinkings) é uma mulher que leva uma vida simples trabalhando como cobradora de um pedágio.

Um dia, ela percebe que pode usar o emprego como uma forma de fazer uma renda extra – mas de maneira ilegal. Ela decide arriscar, mas acredita ter um motivo muito bom para tal: o dinheiro seria totalmente destinado a uma caríssima “cura gay” para seu filho Tiquinho (Alvarenga), ministrada por um pastor estrangeiro muito conhecido…

Pedágio é um daqueles filmes cheio de significados e que brinca com as hipocrisias disfarçadas de moral”

A trama central do filme aborda a difícil relação entre uma mãe e seu filho, na intolerância da mãe em relação à orientação homossexual do garoto. Ela é levada a uma igreja por um pastor estrangeiro que promete uma suposta “cura gay”, evidenciando o oportunismo de alguns ao explorar a fé alheia. E a direção sempre faz questão de destacar isso…

Essa busca é retratada de maneira chocante, incluindo o uso de objetos pornográficos em um ritual bizarro. A direção explora a estranheza dessa situação, trazendo uma visão impactante, mostrando como essa situação tão irreal pode realmente acontecer de verdade.

A narrativa acompanha a transformação da mãe, inicialmente religiosa e preocupada, em uma figura obscura movida por crenças religiosas deturpadas. Brilhando aqui o desempenho dos protagonistas Maeve Jinkings e Kauan Alvarenga, que conseguem trazer nuances significativas aos personagens, revelando a quebra progressiva do psicológico de ambos.

Porém, um aspecto que poderia ser melhorado no filme é o diálogo, pois, em grande parte do tempo, as interações entre os personagens parecem artificiais e carentes de vida, mesmo com o empenho dos atores!!

Nota Final: 7.0

Esse filme foi assistido à convite da Paris Filmes.

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