Crítica | I Wanna Dance With Somebody (2023)

Diogo Souza

12 de janeiro de 2023

I Wanna Dance with Somebody: A História de Whitney Houston é uma poderosa e triunfante celebração da incomparável Whitney Houston. Dirigido por Kasi Lemmons, escrito pelo indicado ao Oscar® Anthony McCarten, produzido pelo lendário produtor musical Clive Davis e estrelado pela ganhadora do Prêmio BAFTA® Naomi Ackie, o filme é um retrato da complexa e multifacetada mulher por trás da voz.

Da garota do coral de Nova Jersey a uma das mais recordistas e premiadas artistas de todos tempos, o público vai ser levado em uma jornada  emocionante pela vida e carreira de Whitney, com performances arrebatadoras e uma trilha composta pelos hits mais amados da diva. Você não quer dançar?

O filme fala sobre assuntos muito complicados e tensos, principalmente sobre aquele que tirou sua vida, quem estava fornecendo drogas a Houston e quem, portanto, efetivamente permitiu sua triste morte. Esse documentário/filme bem no estilo de Bohemian Rhapsody tem seus momentos bons e ruins, os ruins principalmente por decisões apressadas de roteiro, como:

Contudo, existem algumas decisões como a de simplesmente não mencionar que a própria filha adulta de Houston morreu apenas três anos depois de uma maneira semelhante.

Também sobre como os membros da família tiveram que comprar drogas durante a turnê, aqui eles convenientemente inventam um homem branco de aparência astuta que pede a Houston seu autógrafo e, em seguida, dinheiro e drogas são trocados, sendo isso uma pura invenção do roteiro.

Ou ainda quando também, não menciona a teoria do documentário de Macdonald de que Houston foi abusada sexualmente quando criança por um primo.

Porém, apesar de alguns erros – o filme oferece grandes cenas e épicos momentos, especialmente sua incrível performance do hino nacional no Super Bowl de 1991. Dessa forma, é possível perceber o ótimo trabalho de figurino, atuação e ambientação – que inclusive, por vezes traz uma sombria percepção sobre a vida dela.

  • Como ficam as perguntas finais: Whitney era uma mulher gay e isso a causou problemas de saúde mental?

  • Ela era um gênio do gospel cujas agonias surgiram por ser uma princesa do pop para o público branco?

  • Ou simplesmente ela teve que usar drogas para aliviar o estresse de uma agenda de turnês a que foi forçada por sua comitiva familiar que gastava muito?

Pode ser qualquer um desses, e o filme aborda cuidadosamente cada possibilidade.

Nota Final: 8.0

Esse filme foi assistido à convite da Sony Pictures.

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