Guilherme é um contador que trabalhou a vida inteira numa mesma empresa. É infeliz e não sabe. Ou sabe?
É mandado embora e se percebe sem amigos, sem família e completamente perdido no mundo. Ao viajar de avião para o Rio de Janeiro, para assinar a papelada de sua demissão, se depara no desembarque com uma pessoa esperando a chegada de alguém com uma placa: Marcelo Gonçalves. Mexido com a falta de perspectiva em sua vida, ele assume o lugar do tal Marcelo sem nem saber do que se trata. O verdadeiro Marcelo é um palestrante motivacional que foi contratado por uma empresa para passar uma semana animando e empolgando os funcionários. Agora, Guilherme tem que colocar todos pra cima e entende que talvez ele também precise desse novo Marcelo para mudar de vida.
O filme tem todo aquele clichê de filmes brasileiros que já vimos várias e várias vezes, e mesmo assim é interessante ver como o longa consegue funcionar dessa maneira, bem escrito pelo Porchat e Cláudia Jouvin – seguindo o ritmo das piadas e críticas sociais vistas no canal Portas dos Fundos. Raramente alguma piada ou momento parecem ser forçados, a maioria delas são muito engraçadas, principalmente com o Antônio Tabet em cena. Uma das falhas que talvez seja intencional mesmo, é que sempre quando o momento precisa de uma intensidade a mais sem ser comédia – a construção do todo não faz o espectador chegar lá junto com os personagens.
O elenco conta com Dani Calabresa vivendo Denise, par romântico de Guilherme/Marcelo. Além dela, Antonio Tabet, Otávio Muller, Maria Clara Gueiros, Miá Mello, Paulo Vieira, Rodrigo Pandolfo, Letícia Lima, e um cast surpresa no final.
O Palestrante é uma comédia despretensiosa que você já viu antes em algum lugar com todas as reviravoltas e o personagem amadurecendo no final enquanto passa uma mensagem positiva. Mas que cumpre o que se propôs e garante boas risadas durante uma hora e meia.
Esse filme foi assistido à convite da Downtown Filmes.